Hoje eu decidi falar um pouco sobre o livro "Extraordinário" de R. J. Palacio.
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| Fonte da imagem: http://www.extraordinariolivro.com.br/ |
A narrativa nos apresenta a Auggie Pullman, um garotinho de 10 anos com uma deformação grave na face. Só com essa descrição já dá pra imaginar o que nos espera na leitura.
Desde cedo, Auggie tem que aprender a lidar com o preconceito de crianças e adultos que não conseguem disfarçar a repulsa ao verem uma criança com uma aparência tão diferente. O jovem nasceu praticamente sem orelhas, seus olhos ficam localizados bem abaixo do normal, e o rosto lembra alguém que sofreu graves queimaduras. Uma aparência física propícia para o bullying, e é essa vertente que a primeira parte do livro aborda.
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| Fonte da imagem: http://cosmonerd.com.br/cinema/noticias/extraordinario-filme-esta-disponivel-no-telecine-on-demand/ |
A mãe de Auggie decide que está no momento dele começar a frequentar a escola, já que até ali ela era sua professora particular. No início tanto o pai quanto o próprio garoto ficam inseguros com relação isso, pois, eles têm medo do que Auggie terá de enfrentar junto a tantas crianças, aparentemente "normais", acostumadas com os padrões normalmente expostos pela sociedade.
Na escola, antes do início das aulas, Auggie conhece alguns alunos, previamente selecionados pelo diretor Buzanfa, responsáveis por apresentar o ambiente para o garoto. Mais como uma forma de enturmá-los, para que quando as aulas começassem, Auggie já tivesse alguns amigos.
Quando as aulas começam para valer, Auggie tem que ser bem forte para suportar todas as comparações com personagens feios e monstruosos de filmes ou séries que os outros garotos colocam nele, além de muitas ofensas e desprezo da maioria das pessoas que compõe o corpo discente da escola, além de alguns pais que acham que a presença dele é inapropriada na escola, pois, ocasiona pesadelos em seus filhos "normais", que de bons não têm nada.
Auggie tem um relacionamento muito bonito e intenso com seus pais, sua irmã Via, e sua cachorrinha Daisy. Além disso ele faz amizade com uma garotinha da escola chamada Summer, uma das únicas que nunca falou mal do garoto, e nunca teve nenhum tipo de preconceito contra ele. Além dela, podemos destacar um pouco da amizade de Auggie com Jack, esse foi o melhor amigo dele no início das aulas, mas tiveram essa amizade abalada com um acontecimento que você só saberá se ler o livro.
O livro é narrado sob a perspectiva de vários personagens, um deles é Olívia (Via), que por mais que ame o seu irmão e queira protegê-lo, sente muito a falta dos pais, que passam praticamente todo o tempo com Auggie, cuidando dele desde que nasceu. Via já é adolescente, está vivendo uma fase de mudanças, acabara de entrar no ensino médio e se sente um pouco triste por não poder contar muito com o apoio da mãe. Porém, ela se mostra uma jovem madura, compreensiva e muito amorosa, incapaz de culpar Auggie por ter roubado toda a cena desde que nasceu.
O livro é cercado de muita emoção. Um texto bem simples, por vezes até um tanto infantil (nas partes narradas por crianças), que flui muito bem. Existem passagens que trazem uma magia incrível, nos despertando sentimentos de amor, compaixão e principalmente felicidade por ver que o menino é tão forte e maduro, capaz de sobreviver mesmo diante de todas as lutas contra a sociedade. Uma sociedade formada por pessoas que julgam tudo aquilo que foge aos padrões impostos pela mesma, deixando de enxergar a essência que está dentro de cada um, por medo de aceitar as pessoas como elas são.
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| Fonte da imagem: https://www.tendenciainclusiva.com.br/single-post/2018/01/14/O-QUE-PODEMOS-APRENDER-COM-EXTRAORDINARIO |
PS1: O livro traz muitas frases fortes que servem de lição e ensinamento para aqueles que buscam motivação em sua vida. Realmente merece ser lido por todos, inclusive nas escolas de ensino fundamental, pois trabalha em cima do respeito, aceitação e amizade.
PS2: Foi lançada uma versão cinematográfica da obra que é bem fiel ao livro, também vale muito a pena ser assistido por aqueles que não são chegados em leitura, mas que deveriam ser, pois a leitura só traz benefícios.
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